CONCLUSÕES DA UNIVERSIDADE DE VERÃO
A Federação do PS, o Departamento das Mulheres e a Federação da Juventude Socialista do Distrito de Setúbal levaram a efeito, pelo 2º ano consecutivo a Universidade de Verão, uma iniciativa destinada a todos os militantes e simpatizantes do PS, que se inscreveram voluntariamente mas que foi também aberta à sociedade, com convites endereçados a múltiplas personalidades representativas da sociedade civil.
O evento realizou-se no auditório do pólo da Universidade Moderna em Setúbal nos dias 20 e 21 de Junho de 2008.
Esta segunda iniciativa teve por objectivo principal proceder à análise e ao debate da crise existente à escala internacional, com repercussões nos países individualmente considerados nos domínios humanitários, económico e financeiro, articulando-se essa análise com situações concretas vividas nas empresas, incluindo as respeitantes às responsabilidades sociais. Houve a ideia de enquadrar esta visão com a audição das posições dos responsáveis da CGTP/IN e da UGT, convidados para o efeito, face à importância do sindicalismo nos dias de hoje, em função da crise existente e às respostas que se impõem serem dadas.
No quadro descrito, assumindo o emprego numa das primeiras prioridades, a Universidade de Verão analisou e debateu ainda as políticas de emprego, do trabalho a da mobilidade, neste último caso na vertente das acessibilidades em geral e do Distrito de Setúbal em particular.
Tendo em atenção que o futuro pertence aos jovens, foram convidados para o encerramento o presidente da Juventude Socialista do PS, Pedro Nuno Santos, ficando o encerramento a cargo de uma alta responsável do secretariado da direcção nacional do PS, Edite Estrela.
Da iniciativa foi possível concluir-se o seguinte:
1 – Os resultados da crise internacional permitem hoje percepcionar que a concepção liberal da economia faliu, com consequências visíveis nos planos humanitário, económico e financeiro, lançando múltiplas incertezas quanto ao futuro.
2 – A falência do liberalismo abre caminho à necessidade do aprofundamento dos princípios e valores do socialismo democrático e da social-democracia, nomeadamente quanto ao papel do Estado, à relação com a sociedade civil e com a cidadania.
3 - Face à desregulamentação global existente, o sindicalismo deve assumir crescente relevância como instrumento da dignificação do trabalho e dos trabalhadores saudando-se o reforço organizativo internacional dos sindicatos com a criação da Confederação Sindical Mundial (CSM) e o papel recente da organização Internacional do Trabalho no contributo para essa dignificação.
4 - Do exposto resulta a acrescida responsabilidade, na actual conjuntura, dos militantes e simpatizantes do PS em concentrarem esforços no debate das ideias, que tenha por base a actual realidade, contributo imprescindível para se superarem os graves constrangimentos existentes, actualmente, que resultam da crise internacional e para que se reforcem os valores e os princípios do socialismo democrático.
5 - Sem prejuízo do exposto a responsabilidade social das empresas, preocupação historicamente nova, deve ser encorajada e com ela o fomento de parcerias com o Estado, que devem e têm de correr paredes meias com uma atenção especial do Estado aos novos protagonistas e intervenientes na acção desenvolvida pela sociedade civil.
6 - As preocupações com o emprego, implicando politicas públicas activas, articuladas em rede, não excluindo a articulação com o poder autárquico devem também implicar respostas a mecanismos de empregabilidade, suportadas também numa nova perspectiva cultural de cidadania e de crescente auto-responsabilização dos cidadãos.
7 - Saúdam-se por fim os investimentos públicos que no domínio das acessibilidades, complementados com outros investimentos público-privados, têm como plataforma o distrito de Setúbal, reforçando a esperança numa melhor qualidade de vida dos cidadãos e colocando o distrito como motor do próprio desenvolvimento e já não como um distrito – problema.
Pelos Secretariados da Federação do P.S., do Departamento das Mulheres e da Juventude Socialista do Distrito de Setúbal
Vitor Ramalho
A Federação do PS, o Departamento das Mulheres e a Federação da Juventude Socialista do Distrito de Setúbal levaram a efeito, pelo 2º ano consecutivo a Universidade de Verão, uma iniciativa destinada a todos os militantes e simpatizantes do PS, que se inscreveram voluntariamente mas que foi também aberta à sociedade, com convites endereçados a múltiplas personalidades representativas da sociedade civil.
O evento realizou-se no auditório do pólo da Universidade Moderna em Setúbal nos dias 20 e 21 de Junho de 2008.
Esta segunda iniciativa teve por objectivo principal proceder à análise e ao debate da crise existente à escala internacional, com repercussões nos países individualmente considerados nos domínios humanitários, económico e financeiro, articulando-se essa análise com situações concretas vividas nas empresas, incluindo as respeitantes às responsabilidades sociais. Houve a ideia de enquadrar esta visão com a audição das posições dos responsáveis da CGTP/IN e da UGT, convidados para o efeito, face à importância do sindicalismo nos dias de hoje, em função da crise existente e às respostas que se impõem serem dadas.
No quadro descrito, assumindo o emprego numa das primeiras prioridades, a Universidade de Verão analisou e debateu ainda as políticas de emprego, do trabalho a da mobilidade, neste último caso na vertente das acessibilidades em geral e do Distrito de Setúbal em particular.
Tendo em atenção que o futuro pertence aos jovens, foram convidados para o encerramento o presidente da Juventude Socialista do PS, Pedro Nuno Santos, ficando o encerramento a cargo de uma alta responsável do secretariado da direcção nacional do PS, Edite Estrela.
Da iniciativa foi possível concluir-se o seguinte:
1 – Os resultados da crise internacional permitem hoje percepcionar que a concepção liberal da economia faliu, com consequências visíveis nos planos humanitário, económico e financeiro, lançando múltiplas incertezas quanto ao futuro.
2 – A falência do liberalismo abre caminho à necessidade do aprofundamento dos princípios e valores do socialismo democrático e da social-democracia, nomeadamente quanto ao papel do Estado, à relação com a sociedade civil e com a cidadania.
3 - Face à desregulamentação global existente, o sindicalismo deve assumir crescente relevância como instrumento da dignificação do trabalho e dos trabalhadores saudando-se o reforço organizativo internacional dos sindicatos com a criação da Confederação Sindical Mundial (CSM) e o papel recente da organização Internacional do Trabalho no contributo para essa dignificação.
4 - Do exposto resulta a acrescida responsabilidade, na actual conjuntura, dos militantes e simpatizantes do PS em concentrarem esforços no debate das ideias, que tenha por base a actual realidade, contributo imprescindível para se superarem os graves constrangimentos existentes, actualmente, que resultam da crise internacional e para que se reforcem os valores e os princípios do socialismo democrático.
5 - Sem prejuízo do exposto a responsabilidade social das empresas, preocupação historicamente nova, deve ser encorajada e com ela o fomento de parcerias com o Estado, que devem e têm de correr paredes meias com uma atenção especial do Estado aos novos protagonistas e intervenientes na acção desenvolvida pela sociedade civil.
6 - As preocupações com o emprego, implicando politicas públicas activas, articuladas em rede, não excluindo a articulação com o poder autárquico devem também implicar respostas a mecanismos de empregabilidade, suportadas também numa nova perspectiva cultural de cidadania e de crescente auto-responsabilização dos cidadãos.
7 - Saúdam-se por fim os investimentos públicos que no domínio das acessibilidades, complementados com outros investimentos público-privados, têm como plataforma o distrito de Setúbal, reforçando a esperança numa melhor qualidade de vida dos cidadãos e colocando o distrito como motor do próprio desenvolvimento e já não como um distrito – problema.
Pelos Secretariados da Federação do P.S., do Departamento das Mulheres e da Juventude Socialista do Distrito de Setúbal
Vitor Ramalho