quinta-feira, junho 26, 2008

Maioria CDU sabia das demolições e nada fez

João Lobo tinha conhecimento, desde 2004, que a REFER pretendia demolir as estações. O que fez depois disso?

João Lobo nunca se manifestou antes da população, porque estava comprometido. Sabia que as estações iam ser demolidas e não se opôs. Foi a população de Alhos Vedros que se manifestou. João Lobo só apareceu mais tarde a reboque da indignação popular. Sobre a estação da Moita nem sequer se mexeu.

Ao afirmar publicamente na sessão de Câmara de dia 18, que proíbe terminantemente que vereadores da Oposição dialoguem com técnicos do Município para serem esclarecidos de todo este processo, dado não querer que a sua palavra seja posta em causa, João Lobo mostra claramente o seu fundo antidemocrático e autoritário. Para ele, o que conta é a sua palavra, a sua verdade, a sua pessoa.

Independentemente da falta de razoabilidade da REFER em demolir as estações, o investimento de 31 milhões de euros que esta empresa pública está a realizar na linha Barreiro - Pinhal Novo e que inclui no concelho da Moita a construção de 2 passagens desniveladas, rotundas, electrificação da linha férrea e novas estações, e a consequente melhoria do transporte e da qualidade de vida da população, merecia por parte desta Câmara uma outra atitude de estímulo.
Nesta altura do mandato, seria de esperar que João Lobo e a Maioria que dirige estivessem envolvidos em lançamento de projectos e execução de obras. Lamentavelmente nada tem para apresentar daquilo que prometeu. Onde está a piscina municipal, a caldeira limpa e navegável, o Alhos Vedros Cultural, o Museu, o Pavilhão Gimnodesportivo, a Pista de Atletismo, o Parque Temático? Ao invés de apostar na evolução do concelho e do colectivo, o facto mais visível dessa aposta é o modo como se desloca diariamente, passou de Renault Megane para VOLVO.

Enquanto que ao redor da Moita os Presidentes de Câmara se preocupam em negociar mais e melhores investimentos e infra-estruturas para os seus municípios e em vez de cultivar uma atitude de abertura e diálogo com todos aqueles que podem decidir e intervir positivamente sobre o futuro do concelho, João Lobo, para esconder as suas fraquezas entretém o tempo em guerrilhas, agora com uma empresa pública, antes com um ministério, depois com um departamento central, logo com uma secretaria de estado.

João Lobo e a maioria CDU estão contra o progresso no Concelho, que acelera rumo ao fundo. Sairá neste final de mandato pela porta pequena. Nada fez nestes últimos anos, apenas gastou dinheiro em carros de luxo e logo a seguir foi pedir um empréstimo para pagar as dívidas. O que fica deste mandato CDU é o desprezo pelos munícipes.

O concelho merece mais e melhor.