quinta-feira, setembro 20, 2007

Câmara em "ponto-morto"

AS FESTAS
Como já se previa, as Festas da Moita deste ano acentuaram ainda mais a quebra de qualidade que se tem vindo a sentir desde 2005.
Se por parte da Comissão da Igreja houve um esforço redobrado na preparação do programa religioso e que a sua principal manifestação – a procissão – resultasse em pleno e que agradasse aos milhares de fiéis e curiosos que se acotevelavam nas ruas para assistir à passagem dos 20 andores, fanfarra e banda, o mesmo dizendo da vertente das actividades relacionadas com o rio, ou mesmo da vertente tauromáquica, já a organização dos espaços ou mesmo a programação foram tratados com alguma leviandade.
Durante a semana, os espectáculos foram muito fraquinhos, com o reflexo negativo na afluência à Festa e à feira franca. O desfile do último domingo, então, foi uma lástima. Porventura um orçamento mais baixo não é desculpa para tanto mau gosto.
Um ponto alto da Festa, a Tarde do Fogareiro, devido à grande afluência de público e de “tarecos” necessita já de alguma regulação, para que o genuíno da ideia inicial permaneça.

NOVA ETAPA
Agora que o ciclo do descanso, das férias e das Festas está no fim, outro ciclo começa, o do trabalho. Nestes 2 anos que leva de actividade desde as últimas eleições, é verdade que a Câmara tem estado em MOVIMENTO – tem despendido muito das suas energias e recursos em animações, em espectáculos, em Festas. É tempo, nestes 2 anos que restam, que se vire agora para a resolução dos problemas que afectam o concelho.

COMPROMISSO SÉRIO PERANTE A POPULAÇÃO
É urgente que o Executivo explique publicamente as ideias, as soluções e os projectos para as diversas Freguesias. Não basta desfiar promessas com fotomontagens de plantas e maquetes, como tem feito ao longo dos últimos anos. A população quer fazer parte da discussão e das soluções dos problemas que a afectam.

A população quer conhecer antecipadamente as alterações que vão implementar na Caldeira da Moita. O Presidente e os vereadores da Maioria têm que assumir publicamente a responsabilidade pelas opções que vão tomar. Para que mais tarde, a culpa ou o mérito tenha rosto.

A população quer saber antecipadamente o que se está a “cozinhar nos gabinetes” relativo a alterações na Urbanização da Fonte da Prata. O que é que está a ser negociado com os espanhóis, o que vai deixar de ser construído de equipamentos prometidos aos proprietários e municipes e em troca de quê? Estão os mesmos a ser devidamente informados como manda a Lei ou vai-se, mais uma vez e usando subterfúgios legais já usados no ano passado, fazer passar o "cozinhado" em surdina, com real prejuízo para as populações daquela zona.

A população quer a piscina na Moita iniciada e concluída. Depois de anunciar o projecto com 300 lugares para público em 2005, em 2006 já anunciaram a redução para 150. Em que ficamos? Chega de malabarismos e promessas.

A população está preocupada com a mobilidade dentro do concelho. Já se constatou que as rotundas, as pontes e as lombas, só por si, não resolvem o estado caótico do transito.

ORÇAMENTOS PARTICIPADOS
Duma vez por todas na Moita temos de seguir o exemplo dos outros Municipios das redondezas:. Não basta o Presidente afirmar em sessão solene, que o Município e os seus orgãos contam com “a participação empenhada de todos os munícipes, ao serviço de um projecto que é colectivo” é necessário criar espaços de abertura e de diálogo para que essa participação seja efectiva. A começar pelo diálogo com a Oposição. Antes da aprovação do novo orçamento anual, a Câmara deverá explicar, Freguesia, a Freguesia, os projectos em execução, mas também, e principalmente, as propostas futuras.
A bem da nossa qualidade de vida.
A bem do tão apregoado “Bem estar à Beira Tejo”
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Um exemplo típico da actuação camarária “EM MOVIMENTO”:
A escola primária de Sarilhos Pequenos há muito que necessita de obras. De ano para ano adiam, dizendo que não há dinheiro. Particulares dão uma ajuda oferecendo a construção de uma sala nova e 2 casas de banho. Obra avança e está terminada. Apesar do compromisso assumido, a Câmara não teve vontade ou condições para gastar 1.100 euros com a nova instalação eléctrica e a conclusão a tempo da abertura do ano escolar. “É obra”.