No final do ano de 2004, foi notícia em Alhos Vedros a demolição do edifício da Prisão. Na altura, levantaram-se inúmeras vozes que se indignaram com o desaparecimento dos vestígios arqueológicos e arquitectónicas , sem que, antecipadamente, os mesmos fossem estudados e e fosse aferida a importância para a história da Vila daquele edifício.
O assunto foi largamente discutido nos jornais, Sessões de Câmara, Assembleia Municipal, etc, etc. O Executivo da Câmara Municipal comprometeu-se de que, em casos futuros e nos núcleos históricos ou em locais onde existissem vestígios arqueológicos e arquitectónicos de valor patrimonial para a população , promoveriam, atempadamente o estudo dos locais, salvaguardando sempre o interesse dos proprietários, caso se tratasse de propriedade privada.
Neste momento estão a decorrer obras de remodelação no Moinho de Maré em Alhos Vedros. No edifício do moinho e numa parte do palácio dos Marqueses de Sampayo, património municipal e património histórico da nossa terra. A obra está anunciada desde à vários meses e só agora foi inicializada.
Desta vez a Câmara deu o exemplo e iniciou as demolições e as obras na presença de técnico(s) da área da arqueologia? Parece que não.
Serve este artigo para uma chamada de atenção. Os serviços camarários e os seus responsáveis têm obrigação para estarem atentos. Para que atempadamente se possa fazer a preparação do acompanhamento da obra e não em cima da hora dado que são necessárias autorizações do Instituto Português de Arqueologia para serem oficializados tais acompanhamentos.
Neste caso, apesar de algumas demolições já terem sido realizadas, ainda se irá a tempo. Neste, como em outros caso relativos ao património histórico e cultural não podemos facilitar.