Foi com alguma emoção que assisti no domingo pelas 15.00 horas, na Praça da República, à saída do Corso de Carnaval de 2008.
Os carros alegóricos estavam bem desenhados e executados, a bateria a funcionar, uma ou outra ala bem conseguida: os Jocker's, os dados, a ala da Carmen.
O resto muita reciclagem e aproveitamentos.
Contudo, desenrrascaram-se, o conjunto estava vistoso e o objectivo principal de sair à rua foi conseguido. Parabéns.
Foi bom ver muitos amigos, que pararam para me cumprimentar.
Durante 17 anos ajudei a nascer e a crescer este projecto.
Como disse em Dezembro passado, aquando do lançamento da Revista FORAL 2014, o Corso atingiu a maioridade e tem pernas para andar.
Saí de Presidente da Direcção de SFRUA em Janeiro de 2006, terminando ainda o Carnaval desse ano.
A convite formal apareci para ajudar no Carnaval de 2007, acabando por me cair em cima todo o trabalho de organização desse Corso (excepto a parte financeira).
Era humanamente impossível continuar com esse envolvimento e esse esforço, pondo para trás, como aconteceu ao longo de anos, a família, o trabalho, a religião, a política.
Foi acertado o corte e a passagem da liderança.
Tudo tem princípio, meio e fim. Tudo é transitório.
O problema é quando a renovação não acontece e as pessoas se agarram aos cargos. Onde a principal preocupação deve ser o serviço.
Se seguissem o mesmo princípio noutros lugares ou noutros cargos...
Relativamente às ”carpideiras vermelhas”:
Antes, criticavam porque estava à frente, porque organizava, porque liderava.
Agora estão preocupadas porque larguei, porque deixei, porque fui para outro lado.
No fundo, no fundo, o receio é outro: o muito tempo e energia que eu gastava com o Carnaval está livre e ... vai ser direccionado. Alguém que ponha as barbas de molho.
Capítulo encerrado!