quarta-feira, outubro 29, 2008

Vamos todos apoiar o CRIVA

"Boa tarde a todos!
O meu nome é Márcia tenho 9 anos e ando no Centro de ATL do VI.V.A.
No VI.V.A. tenho muitos amigos! 60, vejam só! Eu ando lá há 3 anos e gostava muito de continuar, porque gosto mesmo do VI.V.A.
As nossas monitoras gostam muito de nós, preparam-nos festas, visitas e até nos ajudam nos trabalhos de casa.
A minha sala é muito pequena, chegamos a pôr a cabeça em água à nossa monitora. Gostávamos muito de ter um ATL maior, seria uma grande prenda de NATAL.
Obrigado por me ouvirem!"

Foi com estas palavras que a Márcia, uma menina cabo-verdiana de 9 anos, se dirigiu ao Presidente da Câmara e aos vereadores na sessão pública de 4ª feira passada.
Com muita curiosidade observei o salão nobre a ser ocupado por dezenas de crianças que, na falta de lugares, se espalharam sentando-se no chão, e calmamente assistiram ao desenrolar da reunião.
Ela e mais 45 crianças, acompanhadas de 20 idosos e 40 trabalhadoras do CRIVA - Centro de Reformados e Idosos do Vale da Amoreira, vieram pedir, mais uma vez, que as instalações do ATL e Centro de Dia do Vale da Amoreira, que dentro de dias irão ser abandonadas pela Misericórdia, sejam entregues ao CRIVA para aí poder, em condições dignas , funcionar o ATL VIVA.
Este pedido já se arrasta há mais de 10 anos.
Quando aquelas instalações foram concluídas, o CRIVA, solicitou-as para poderem ser utilizadas por dezenas e dezenas de idosos, crianças e famílias carenciadas a quem dão apoio. Na altura, a Câmara, alegando que esta Instituição não tinha "conhecimentos práticos" para tal, atribuíu as instalações à Misericórdia. Contudo, nestes 10 anos, esta Instituição não conseguiu dinamizar um projecto para aquele espaço, que viesse a rentabilizar e a cativar as crianças e idosos da Freguesia. As instalações vão ficar devolutas no final do próximo mês.
Independentemente das ideias futuras de utilização para aquele espaço, as 60 crianças, os 100 idosos em centro de convívio e em centro de dia, as 50 famílias em apoio domiciliário e as 220 famílias de RSI em acompanhamento no CRIVA, para além de projectos de trabalho com jovens e outros, necessitam de espaços minimamente condignos para poderem ser apoiados nas suas carências.
Todos percebemos que o futuro começa na educação e na escola, em espaços dignos e valorizados e na inclusão dos mais desfavorecidos.
Todos sabemos que o Estado e as Autarquias estão a apostar fortemente nesta área, na fórmula de mais educação, melhores cidadãos.
Não é necessário que venham políticos de fora falar sobre situações que nós conhecemos melhor do que eles. Sabemos perfeitamente que para resolver problemas de inclusão e de segurança, as crianças se devem desenvolver dentro da comunidade onde crescem ou onde podem conviver com os mais idosos que lhes proporcionarão outras experiências de vida. O que importa é agir, e para isso, estamos cá no terreno.
Temos as soluções à mão, basta vontade.
Em todo o concelho existem casos semelhantes a este e a que devemos estar atentos, para todos, em conjunto, fazermos força para encontrar uma solução para eles.
Certamente que a Márcia e os seus colegas, quando daqui a uns meses estiverem a utilizar a sua nova sala, se lembrarão que valeu a pena ir à Moita, ao salão nobre da Câmara, dar conta do seu problema, e que esse foi resolvido.

sábado, outubro 25, 2008

Rejeitamos esta herança envenenada que o senhor presidente da Câmara se prepara para nos deixar.

VERSÃO DO PDM – MUNICÍPIO DA MOITA de 22 de Outubro de 2008

DECLARAÇÃO DE VOTO DOS VEREADORES PS

Esta versão final e esta alteração em nada modificou os pressupostos da elaboração da proposta inicial de revisão do PDM: o aumento excessivo da expansão demográfica, a alteração da qualidade dos terrenos, à custa de negociações pouco claras com promotores imobiliários e com a consequente beneficiação desses interlocutores, a visão terceiro mundista de deficiente qualidade de vida para o futuro da população.

Neste documento que se diz final, no nosso entender, as alterações propostas continuam a ser omissas face à necessidade de compatibilizar o PDM com os projectos estruturantes propostos para o norte do distrito e em particular com a terceira travessia do Tejo (TTT) e a ligação ferroviária de alta-velocidade (LAV), de acordo com as medidas preventivas previstas publicadas pelos decretos nº25/2007, de 22 de Outubro e nº1/2007, de 25 Janeiroe e a haver desconformidade com o PROT-AML.

Lamentamos, por isso mesmo, que as alterações propostas à proposta de revisão do PDM não são suficientes para acautelar os valores naturais do concelho da Moita, ignorando simultaneamente as grandes transformações que se avizinham não só para o concelho mas para toda a região, fruto dos grandes investimentos que o Estado se prepara para realizar na Península de Setúbal.

Os erros cometidos pela maioria CDU durante a elaboração do documento inicial não foram corrigidos, assumindo mesmo contornos de ilegalidade, de que é exemplo a manutenção de desafectação de vastas áreas de REN, contestadas em sede da CTA, do CNREN e da CCDR.

Esta proposta final do PDM promove mesmo um risco efectivo para o agravamento das tendências de expansão urbana do arco ribeirinho norte e da Península de Setúbal, acentuando o carácter suburbano da mesma e a sua dependência socio-económica relativamente à margem norte do Tejo.

Em todo este processo de revisão do PDM, o orgulho e a arrogância do poder desta Maioria CDU e do seu principal responsável na Câmara: João Lobo, não permitiram soluções de consenso, não entabularam diálogos que permitissem ma efectiva revisão do PDM que defendesse o desenvolvimento sustentado e harmonioso para a Moita e para os habitantes do concelho.

Em vez de apostar na qualidade de vida e no desenvolvimento sustentado e harmonioso optaram por expansão, por construção desenfreada e por betão.

A responsabilidade de todo este processo e das opções erradas tomadas é única e exclusivamente da CDU e da Maioria que governa esta Câmara.

Lamentamos que estes últimos 3 anos, desde a 1ª discussão pública, tenham sido uma perda de tempo precioso, agravando as condições de vida de parte da população e atrasando o futuro do concelho.

Rejeitamos esta herança envenenada que o senhor presidente da Câmara se prepara para nos deixar.

Tal como em 25 de Outubro de 2006, em 09 de Julho de 2007 e 11 de Junho de 2008, não concordamos com a proposta inicial, bem como as alterações às alterações introduzidas, pelo que votamos contra.

Os vereadores do Partido Socialista

Vitor Cabral
José Guerra

22/10/2008

Vitor Ramalho na Biblioteca da Moita



No passado dia 8 de Outubro, Vítor Ramalho, esteve à conversa com militantes socialistas do concelho da Moita, numa sessão apresentada pelo presidente da concelhia, Vítor Cabral.

Vítor Ramalho expôs aos Militantes da Moita, as suas ideias para um novo mandato à frente da Federação de Setúbal do Partido Socialista.

Ao longo da sua exposição, Vítor Ramalho falou das questões económicas e financeiras mundiais, comentando que estas têm tido a falta de uma posição clara da Internacional Socialista, e que embora com a consciência de que se trata de uma conjuntura muito difícil de resolver à escala mundial, acredita que dias melhores virão. Reafirmou a sua convicção de que uma ideologia forte, torna fortes as decisões e que esta falência do liberalismo resulta da falta de um pouco mais de Estado nas decisões e não apenas melhor Estado.

Defendeu a sua convicção de que um militante tem que provar o seu sentimento de pertença ao Partido, antes de se aventurar em candidaturas internas, sob pena de ter os seus laços ainda frágeis.

O debate foi animado e os militantes puderam expressar as suas preocupações sobre o estado desta Autarquia e as necessidades para o futuro num concelho em que a CDU mantém a sua hegemonia por demasiado tempo.

A tudo Vítor Ramalho respondeu com esperança num futuro melhor e expondo alguns pontos da sua estratégia futura para os actos eleitorais que se aproximam.

Vítor Ramalho em discurso directo:
“Sempre entendi que a política só faz sentido quando se suporta num ideário, enquadrador de um programa. No nosso partido os militantes têm o dever-direito de assim se comportarem, numa lógica de crescente valorização da política, fomentando o debate das ideias e condenando tudo aquilo que se desvie deste objectivo.
No final da reunião, por sentir que as ideias consubstanciadas no documento haviam sido compreendidas, merecendo mesmo um apoio generalizado, anunciei a minha firme disposição em me recandidatar ao cargo de presidente da federação do PS do Distrito de Setúbal.
Aproveito agora a oportunidade para reiterar aos Camaradas essa minha disponibilidade.Ao fazê-lo informo que apresentarei tão brevemente quanto possível um esboço de uma Moção de orientação que sustentará a minha candidatura e para a qual solicito o contributo de todos.
As preocupações que me animam têm a ver em exclusivo com o futuro.O passado, como costumo dizer, pertence ao passado.
Não me substituindo ao juízo dos Camaradas, tenho porém a consciência de tudo ter feito, com dignidade, para prestigiar a militância e o partido socialista no distrito de Setúbal.
Esta convicção reconforta-me porque foi para isso que fui eleito, merecendo a confiança dos Camaradas. Não a defraudei.Os combates que se avizinham não são fáceis. Vivemos no mundo, num período muito complexo, de crise, que não é meramente conjuntural e a que Portugal não escapa.
Sei tudo isso mas sei também que temos condições únicas para sairmos vitoriosos.Sairmos vitoriosos significa reforçarmos os alicerces para que alcancemos melhores condições de vida, para os nossos concidadãos, sempre com os olhos postos nas causas dos mais desfavorecidos e com o firme propósito de deixarmos um partido mais fortalecido e respeitado e que tenhamos orgulho em nele nos revermos.
Para isso devemos contar com os resultados da experiência do nosso governo, com a acção que vem desenvolvendo, com os avultados investimentos, público - privados, previstos para o distrito, com a centralidade deste e com a articulação, em todos os domínios, das nossas acções para uma estratégia coerente.Os combates que se avizinham não sendo fáceis são exaltantes.
É nestas alturas, complexas, que devemos reforçar o nosso contributo.É o que espero fazer e é o que espero que os camaradas façam.
É muito importante que consigamos começar a inverter a situação autárquica, porque o futuro não é compatível com uma tão alargada base de apoio dos nossos principais adversários no distrito, o P.C.P.Temos assim, todos, uma enorme responsabilidade para que esse objectivo seja alcançado, tal como temos a mesma responsabilidade na obtenção de resultados eleitorais que honrem o PS nas eleições para o Parlamento Europeu e para a Assembleia da República.
Isso depende em exclusivo de nós.É com estes propósitos que me disponibilizei para a luta, mais uma vez, partilhando os objectivos que traçarmos, de forma clara, com todos os Camaradas que a eles se queiram associar.
Está em causa o nosso futuro e o dos nossos concidadãos no distrito e isso não é uma questão menor. É a questão central do nosso próprio combate”.